BIBLIOLOGIA - Por Renovado

Postado por todos os estudos biblico em um so blog sábado, 18 de setembro de 2010

BIBLIOLOGIA - A DOUTRINA DAS ESCRITURAS

01 - QUANTOS LIVROS A BÍBLIA TEM?

A Bíblia é composta por 66 livros, sendo 39 no Velho Testamento e 27 no Novo Testamento. O Velho Testamento atem-se à história do povo Judeu com suas leis e livros poéticos e proféticos. O Novo Testamento conta a história de Jesus Cristo, seus ensinamentos e instruções para os que iriam segui-lo, tem ainda a história da Igreja registrada no livro de Atos dos Apóstolos e as epístolas (cartas) destes mesmos apóstolos à essas igrejas instruindo-as em como proceder no caminhar cristão finalizando com o livro de Apocalipse (Revelação) onde o apóstolo João mostra os fatos futuros da humanidade.

02 - É A BÍBLIA A PALAVRA DE DEUS?
Conforme o apóstolo Paulo nos mostra em II Timóteo. 3.16.; "Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça." A Bíblia foi escrita por homens inspirados pelo Espírito Santo. Estes homens procuraram mostrar o que Deus desejou que nós soubéssemos em sua Palavra.

3- QUEM ERAM OS FARISEUS?
Eram os partidários da mais importante escola judaica, de caráter religioso. Cento e cinqüenta anos antes do nascimento de Jesus já existiam os fariseus. Diferenciavam-se dos demais judeus pelo rigoroso apego ao cumprimento dos rituais, no exercício de uma religiosidade apenas exterior. Criam que esmolas, jejuns e confissões - além de outras práticas - eram suficientes para obterem o perdão dos seus pecados. Foram severamente repreendidos por Jesus, que os chamou de "hipócritas", "insensatos", "condutores de cegos", "sepulcros caiados", "serpentes", e "raça de víboras". (Mateus 23.1-39). Nos dias atuais vemos muitos fariseus por aí, colocando a tradição acima da Palavra de Deus.

4- QUEM ERAM OS SADUCEUS?
Quase da mesma época dos fariseus, os saduceus eram membros de um partido religioso ou seita judaica, recrutados entre as famílias sacerdotais. Negavam a ressurreição e a existência de anjos e espíritos. Foram censurados publicamente por João Batista e por Jesus: "Cuidado, acautelai-vos do fermento dos fariseus e saduceus" (Mateus 3.7; 16.6). Fariseus e saduceus nutriam grande ódio a Jesus e estavam sempre tramando algo para incriminá-lo e levá-lo à morte (Lucas 19.47).

5- QUEM ERAM OS JUDEUS?
Judeu era chamado, primitivamente, um membro do reino de Judá ou originário da tribo de Judá. Após o cativeiro, todos os israelitas, residentes ou não na Palestina, eram conhecidos como judeus. Com a queda da cidade de Jerusalém, os judeus perderam a nacionalidade - ficaram sem pátria - e passaram a viver como peregrinos e estrangeiros em outras nações. Conservaram, todavia, por todos os séculos, sua língua nacional (hebraico) e a sua religião ainda é o antigo culto de Israel. No dia 10 de maio de 1948 foi fundado o Estado de Israel. Os judeus começaram a retornar à Terra Prometida.

6- QUAIS SÃO OS DEZ MANDAMENTOS?
Êxodo 20.3-17

PRIMEIRO - Não terás outros deuses diante de mim.
SEGUNDO - Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso que visito a maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem, e faço misericórdia até mil gerações aos que me amam e guardam os meus mandamentos.
TERCEIRO - Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.
QUARTO - Lembra-te do dia de sábado para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro que está dentro das tuas portas; porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou: por isso abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou.
QUINTO - Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá.
SEXTO - Não matarás.
SÉTIMO - Não adulterarás.
OITAVO - Não furtarás.
NONO - Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.
DÉCIMO - Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.

7- AS IMAGENS DO SEGUNDO MANDAMENTO DIZEM RESPEITO AOS ÍDOLOS DA ANTIGUIDADE?
O Mandamento proíbe fazer ou usar imagens para adoração que sejam representativas de Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito Santo, dos anjos ou dos espíritos que estão na glória (os santos mortos). O Mandamento proíbe fazer escultura com "alguma semelhança do que está nos céus". Logo, o Mandamento não se restringe aos deuses egípcios ou a outros. Jesus e os santos bíblicos estão incluídos nessa proibição, quer suas imagens sejam esculpidas em pedra, bronze, madeira, ouro, prata ou em qualquer material. Assim diz a Palavra.

8- COMO ENTENDER A PROIBIÇÃO DE NÃO "SE ENCURVAR NEM SERVIR" ÀS IMAGENS? NÃO SERVIR DE QUAL MANEIRA?
O entendimento é que as imagens não devem ser objetos de nenhuma adoração, veneração ou reverência. A proibição de encurvar-se compreende: ajoelhar-se, inclinar o corpo ou a cabeça; tocar as imagens numa demonstração de devoção e respeito; beijá-las, coroá-las, levá-las em procissão em atitude de contemplação. A proibição de não servir as imagens compreende: não servi-las com lágrimas, com flores, com festas, cânticos, vigílias, rezas, sacrifícios, velas, ofertas em dinheiro ou em alimentos. Outras passagens bíblicas realçam a proibição do Segundo Mandamento:
  • "Eu sou o Senhor. Este é o meu nome. A minha glória a outrem não a darei, nem a minha honra às imagens de escultura" (Isaías 42.8).
  • "Não façam imagem alguma na forma de ídolo, semelhança de homem ou mulher (Deuteronômio 4.15-19).
  • "E terás por contaminados a prata e o ouro que recobre as imagens de escultura. Lançá-las-á fora como coisa imunda" (Isaías 30.22).
  • "Mudaram a glória de Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis" (Romanos 1.23).
  • "Nada sabem os que conduzem em procissão suas imagens de escultura" (Isaías 45.20).
  • "Os que se apegam aos ídolos vãos afastam de si a sua própria misericórdia" (Jonas 2.8).
  • "Mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram a criatura em lugar do Criador, que é bendito eternamente" (Romanos 1.25). Ver Salmos 115.4-8.
  • "Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a Ele servirás" (Mateus 4.10).

9- O QUE DIZER DA IMAGEM DO CRISTO REDENTOR NO RIO?
O Segundo Mandamento condena essa imagem ou qualquer outra, seja de trinta centímetros, seja de cinqüenta metros de altura. Nem como atração turística deveria permanecer. O "Cristo Redentor" tem sido objeto de adoração, e seus braços petrificados, sua boca fechada e olhos cegos se enquadram na descrição no livro de Salmos 115.4-8. Se a nação brasileira fosse verdadeiramente cristã estaria na submissão à vontade de Deus e não teria construído esse ídolo de pedra. Deveria ser demolido, segundo a Bíblia Sagrada. A imagem do "Cristo Redentor", como tantas outras, é uma mentira. Ninguém possui retrato de Jesus ou dos santos bíblicos (José, Paulo, Pedro, João, Maria) de modo a esculpir ou pintar suas imagens. Logo, essas esculturas são caricaturas, mentiras. E a mentira não é de Deus; é do diabo. Disse Jesus: "Vós pertenceis ao vosso pai, o diabo, e quereis executar o desejo dele. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, pois não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, pois é mentiroso e pai da mentira" (João 8.44).

10- QUAIS SÃO OS LIVROS APÓCRIFOS?
Apócrifos [do grego apókripho: oculto, escondido] no sentido religioso diz respeito aos livros "não genuínos", "espúrios", não reconhecidos como de inspiração divina, quer pela comunidade judaica, quer pela cristã-evangélica. São chamados livros não canônicos. São 14 os apócrifos: Tobias, Judite, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico, Baruque, 1 Macabeu, 2 Macabeu, Ester (acréscimo ao livro Ester, 10.4 - 16.24), Cântico dos três Santos Filhos (acréscimo ao livro de Daniel, 3.24-90), História de Suzana (acréscimo ao livro de Daniel, cap.13), Bel e o Dragão (acréscimo ao livro de Daniel, cap. 14). Estes onze apócrifos foram aprovados pela Igreja Romana em 18 de abril de 1546, e passaram a fazer parte da Bíblia editadas pela referida denominação. Os demais são: 3 Esdras, 4 Esdras, e A Oração de Manasses. Os livros apócrifos foram escritos nos 400 anos do Período Interbíblico, isto é, entre Malaquias e Mateus, ou entre o Antigo e o Novo Testamento, época de ausência total da revelação divina. Este é o principal motivo para excluir-lhes a canonicidade, além do fato de não terem sido mencionados em outros livros reconhecidamente divinos.

11- QUAL O SIGNIFICADO DA PALAVRA SIÃO?
Significa:

  1. A fortaleza que os jebuseus construíram no monte Sião, e que foi tomada por Davi, mais ou menos em 1.000 a.C. Após a vitória, a fortaleza passou a ser chamada Cidade de Davi (2 Samuel 5.6-9).

  2. A cidade de Jerusalém (2 Reis 19.21). Por extensão, Sião significa a terra de Israel (Isaías 34.8) e a cidade de Belém (Lucas 2.11). Figuradamente, Sião é chamado de céu (Hebreus 12.22). Davi se estabeleceu em Sião depois de haver destronado os jebuseus. A capital de Davi, que antes era Hebrom, foi então transferida para Jerusalém.

  3. Sião é descrito por Osvaldo Ronis da seguinte forma: “Monte Sião – É um monte com cerca de 800m de altitude. É o mais alto dos montes da cidade de Jerusalém. Até algumas décadas atrás discutia-se se sobre Sião ou Ofel estava a antiga fortaleza dos jebuseus que, devido à sua posição privilegiada, se prestava bem para a defesa da cidade de Jerusalém e que Davi, logo que se fez rei de todo o Israel, comandando os homens das tribos de Judá e Benjamim (em cujos termos se achava a cidadela até então não conquistada), tomou, fazendo dela a capital do seu reino (2 Samuel 5.6-10). Hoje não há dúvida que a fortaleza achava-se sobre Ofel. Mais tarde, tendo Davi levado para Sião a arca, este monte passou a ser considerado monte sagrado. Quando a arca foi transferida para o templo que Salomão construiu no Monte Moriá, o nome Sião compreendia também o templo, e daí por diante designava freqüentemente toda a cidade de Jerusalém”.

  4. A palavra “SIÃO” está em muitos textos bíblicos. Exemplo: “Os que confiam no Senhor são como o monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre. Como estão os montes à roda de Jerusalém, assim o Senhor está em volta do seu povo desde agora e para sempre” (Salmos 125.1-2).
12- O CRISTÃO DEVE GUARDAR O SÁBADO OU O DOMINGO?
Milhares de estudos já foram realizados sobre esse tema de certa forma polêmico. As opiniões se dividem: de um lado, os que defendem a sacralidade do sábado, exemplo dos Adventistas do Sétimo Dia; do outro, os demais cristãos, que consideram o domingo como o dia do Senhor, tendo como principal razão a ressurreição de Jesus, nesse dia. Vejamos quais os principais argumentos apresentados pelos dois grupos (sábado, do hebraico shabbath, dia de cessação do trabalho, de descanso). Em primeiro lugar vamos conhecer o que dizem os pró-sabáticos:
  • O sétimo dia foi abençoado e santificado por Deus e marcou o término de toda a Sua obra criadora (Gênesis 2.2-3).

  • O Quarto Mandamento declara que “o sétimo dia é sábado do Senhor teu Deus. Não farás nenhum trabalho...pois em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há, mas no sétimo dia descansou” (Êxodo 20.8-11).

  • Jesus não aboliu a Lei Moral, os Dez Mandamentos, escrita por Deus (Êxodo 31.18). A que foi cravada na cruz (Efésios 2.15) foi a lei cerimonial composta de ordenanças e ritualismo, escrita por Moisés num livro (Deuteronômio 31.24-26; 2 Crônicas 35.12; Lucas 2.22-23). Os mandamentos morais são irrevogáveis porque perpétuos. Os mandamentos cerimoniais, para observância de certos ritos, foram ab-rogados (holocaustos, incenso, circuncisão).

  • O fato de estarmos sob a graça não nos desobriga da observância da Lei de Deus. Não é correto dizermos que a graça existiu apenas a partir de Jesus: “... e a graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos eternos” (2 Timóteo 1.9). Não existisse a graça no Antigo testamento, teriam sido salvos pelas obras Adão, Noé, Moisés, Abraão, Enoque, Isaías, Daniel e outros?

  • O novo mandamento dado por Jesus (João 13.34) não ocupa o lugar do Decálogo, mas provê os crentes com um exemplo do que é o amor altruísta. Jesus, na qualidade do grande EU SOU, proclamou Ele próprio a Lei Moral do Pai, no Monte Sinai (João 8.58). Ao jovem curioso, Ele disse: “Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos” (Mateus 19.17).

Os que defendem a sacralização do primeiro dia da semana – o domingo – como um dia santo, de descanso, dedicado ao Senhor, apresentam os seguintes argumentos:
  • Com a Sua morte Jesus inaugurou uma Nova Aliança. Durante Sua vida terrena, Ele, judeu nascido sob a lei (Gálatas 4.4), foi circuncidado e apresentado ao Senhor (Lucas 2.21-22) cumpriu a Páscoa (Mateus 26.18-19), e assim por diante. Todavia, a partir da cruz, a lei não mais tem domínio sobre nós.

  • A lei serviu para nos conduzir a Cristo: “Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber ou por causa dos dias de festas, ou de lua nova, ou de sábados. Estas coisas são sombras das coisas futuras; a realidade, porém, encontra-se em Cristo” (Colossenses 2.16-17). “Mas, antes de chegar o tempo da fé, a Lei nos guardou como prisioneiros, até ser revelada a fé que devia vir. Portanto, a lei tomou conta de nós até que Cristo viesse para podermos ser aceitos por Deus por meio da fé. Agora chegou o tempo da fé, e não precisamos mais da Lei para tomar conta de nós” (Gálatas 3.23-25, Bíblia Linguagem de Hoje).

  • Diversas passagens bíblicas são citadas pelos defensores da adoração dominical, para reforçar sua tese de que vivemos sob uma Nova Aliança. A antiga Aliança cumpriu sua finalidade. Exemplo: “O mandamento anterior é ab-rogado por causa da sua fraqueza e inutilidade (pois a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma), e desta sorte é introduzida uma melhor esperança, pela qual chegamos a Deus” (Hebreus 7.18-19). E mais: “Pois se aquela primeira aliança tivesse sido sem defeito, nunca se teria buscado lugar para a Segunda... ela não será segundo a aliança que fiz com seus pais no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito, porque não permaneceram naquela minha aliança, e eu para eles não atentei, diz o Senhor. Dizendo nova aliança, ele tomou antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido, perto está de desaparecer” (Hebreus 8.7-13).

  • Prestem atenção no seguinte: “Pois Ele [Cristo Jesus] é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um, e destruiu a parede de separação, a barreira de inimizade que estava no meio, desfazendo na sua carne a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem...” (Efésios 2.14-15). Os pró-sabáticos vêem aí uma distinção entre as leis cerimoniais de Moisés, e os Dez Mandamentos. Estes não teriam sido revogados. Os anti-sabáticos, regra geral, não fazem diferença, mas consideram que os princípios morais dos Dez Mandamentos continuam sendo pertinentes aos crentes de hoje, porém em outro contexto. Dizem, ainda, que em diversas ocasiões “mandamentos cerimoniais” eram chamados de lei do Senhor. São exemplos: holocaustos dos sábados e das Festas da Lua Nova (2 Crônicas 31.3-4); Festa dos Tabernáculos (Números 8.13-18); consagração do primogênito (Lucas 2.23-24).

  • Não prevalece o argumento da perpetuidade da guarda do sábado (“Os filhos de Israel guardarão o sábado, celebrando-o nas suas gerações por aliança perpétua” - Êxodo 31.16-17). Outras leis foram classificadas de “perpétuas” e nem por isso se perpetuaram, como exemplo: a páscoa (Êxodo 12.24), a queima de incenso (Êxodo 30.21), o sacerdócio Levítico (Êxodo 40.15), ofertas de paz (Levítico 3.17), sacrifício anual de animais (Levítico 16.29,31,34), e outros.

  • Os anti-sabáticos levantam ainda os seguintes argumentos a seu favor: a) os primeiros cristãos se reuniam e adoravam no domingo (Atos 20.7; 1 Coríntios 16.1-2); b) Cristo ressuscitou no primeiro dia da semana (Marcos 16.9); c) as aparições de Jesus pós-ressurreição ocorreram seis vezes no primeira dia da semana (Mateus 28.1-8, Marcos 16.9-11, 16.12-13, Lucas 24.34, Marcos 16.14, João 20.26-31); d) a visão apocalíptica de João se deu no dia do Senhor, assim considerado o primeiro dia da semana (Apocalipse 1.10); o Espírito Santo desceu sobre a Igreja no domingo (Atos 2.1-4).

  • Nove dos Dez Mandamentos foram ratificados no Novo Testamento, mas a guarda do sábado foi excluída. Vejamos: 1) “Não terás outros deuses diante de mim” (Êxodo 20.3) = “Convertei-vos ao Deus vivo”(Atos 14.15); 2) “Não farás para ti imagem de escultura”(Êxodo 20.4) = “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos”(1 João 5.21); 3) “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão”(Êxodo 20.7) = “Não jureis nem pelo Céu, nem pela terra”(Tiago 5.12); 4) “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar”(Êxodo 20.8) = Sem ratificação no Novo Testamento; 5) “Honra teu pai e a tua mãe”(Êx 20.12) = “Filhos, obedecei vossos pais”(Efésios 6.1); 6) “Não matarás”(Êxodo 20.13) = “Não matarás”(Romanos 13.9); 7) “Não adulterarás”(Êxodo 20.14) = “Não adulterarás”(Romanos 13.9); 8) “Não furtarás”(Êxodo 20.15) = “Não furtarás”(Romanos 13.9); 9) “Não dirás falso testemunho”(Êxodo 20.16) = “Não mintais uns aos outros”(Colossenses 3.9); 10) “Não cobiçarás”(Êxodo 20.17) = “Não cobiçarás”(Romanos 13.9). Diante disso, os anti-sabáticos afirmam que a Nova Aliança não indica um dia especial da semana para o descanso.

  • Há quem divide o Decálogo em duas partes: 1) Leis cerimoniais ou religiosas, as que tratam dos deveres dos homens para com Deus (não ter outros deuses; não fazer imagens, nem adorá-las; não blasfemar, e lembrar do sábado. 2) Leis morais ou sociais, as que tratam da relação dos homens entre si (honrar os pais; não matar; não adulterar; não furtar; não proferir falso testemunho, e não cobiçar os bens e mulher do próximo. A guarda do sábado, como cerimônia, fora anulada na cruz (Efésios 2.14-15; Colossenses 2.14).

  • As leis do Antigo testamento, de um modo geral, foram feitas para os judeus, especialmente para eles. São exemplos: a) “Tu, pois, fala aos filhos de Israel, dizendo: Certamente guardareis meus sábados, porquanto isso é um sinal entre mim e vós nas vossas gerações”(Êxodo 31.12-18); b) “O Senhor, nosso Deus, fez conosco concerto, em Horebe...com todos os que hoje aqui estamos vivos” (Deuteronômio 5.2-3).
CONCLUSÃO

Na sua Carta Apostólica DIES DOMINI, João Paulo II adota uma postura conciliadora. Ele não toma partido na discussão dos aspectos moral e cerimonial dos mandamentos; não alimenta a tese da revogação do sábado na cruz, e sintetiza: “Mais que uma substituição do sábado, portanto, o domingo é seu cumprimento, em certo sentido sua extensão e expressão completa no encomendado desenvolvimento da história da salvação, que alcança real culminância em Cristo”.

Samuele Bacchiocchi, Ph.D., professor de História da Igreja e de Teologia, na Universidade Andrews, Estados Unidos, questionou a posição do papa, com o seguinte comentário: “Nenhuma das alocuções do Salvador ressurreto revela alguma intenção de instituir o domingo como o novo dia cristão de repouso e culto. Instituições bíblicas tais como sábado, batismo e ceia têm origem em um ato divino que as estabeleceu. Mas não existe ato semelhante para sancionar um domingo semanal como memorial da ressurreição”.

O mandamento do sábado está associado à obra da criação, à saída do povo de Israel do Egito, e à necessidade de descanso do homem. Vejam: “Pois em seis dias fez o Senhor o céu e a terra... mas no sétimo dia descansou” (Êxodo 20.11); “Seis dias trabalharás...mas no sétimo dia não farás nenhuma obra”(Êxodo 20.9-10); “Lembra-te de que foste servo na terra do Egito e que o Senhor, teu Deus, te tirou dali...e te ordenou que guardasses o dia de sábado” (Deuteronômio 5.15).

Sabemos que Deus manifestou sua vontade e promulgou suas leis de forma gradual, escrevendo-as na consciência (Romanos 2.15), em tábuas de pedra (Êxodo 24.12), mediante Cristo, a Palavra vivente (João 1.14), nas Escrituras (Romanos 15.4; 2 Timóteo 3.16-17), e em nós, como cartas vivas (2 Coríntios 3.2-3). Tudo dentro do seu tempo e dentro do contexto do Seu superior plano de salvação. Era imperioso que a saída daquele povo do Egito e os grandiosos feitos de Deus fossem lembrados de geração em geração. De igual modo a instituição da páscoa serviu para idêntica recordação.

Em nenhum momento o Novo Testamento ordena o descanso sabático, apesar de ratificar os demais mandamentos. Aliás, não nomeia diretamente qualquer dia da semana para adoração e culto. Jesus em várias ocasiões passou por cima da lei sabática, curando enfermos e permitindo que seus discípulos colhessem espigas para comer, no dia santo (Lucas 13.14; 14.1-6; Mateus 12.1,10). Interrogado por isso, Ele disse: “O sábado foi feito para o homem, e não o homem por causa do sábado” (Marcos 2.27). Também disse: “Porque o Filho do homem até do sábado é Senhor” (Mateus 12.8).

Os primeiros cristãos adotaram o domingo para descanso, recolhimento espiritual e adoração a Deus, e chamaram-no de “o dia do Senhor” (Atos 20.7; 1 Coríntios 16.1-2; Apocalipse 1.10), clara referência ao dia em que o “Senhor do sábado” ressuscitou. Nada melhor do que seguirmos o exemplo dos apóstolos, guiados como foram pelo Espírito Santo.

Se judeus ainda não convertidos recolhem-se no sábado para recordarem a libertação do Egito, motivos bem maiores temos nós para nos recolhermos em Cristo, no dia de Sua vitória sobre a morte, para darmos graças pela remissão de nossos pecados e libertação de nossas almas do domínio do diabo.

Entendemos que o dia de descanso e culto pode recair no sábado ou no domingo, observado o princípio de trabalhar seis dias e descansar um. Não vemos pecado na consagração do sábado ou do domingo, desde que o dia escolhido não seja apenas um formalismo. Sábado ou domingo, sem propósito, não passam de mais um dia de lazer. Da mesma forma, jejum sem propósito é dieta. Julgamos que a opção pela escolha do dia ficou manifesta nas seguintes palavras de Paulo:

“Mas agora, conhecendo a Deus, ou antes, sendo conhecidos por Deus, como tornais outra vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir? Guardais dias, e meses, e tempos, e anos”(Gálatas 4.9-10).

“Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber ou por causa dos dias de festa, ou de lua nova, ou de sábados. Estas são sombras das coisas futuras; a realidade, porém, está em Cristo” (Colossenses 2.16-17).

13- O QUE SIGNIFICA "QUEM COME A MINHA CARNE E BEBE DO MEU SANGUE" (João 6.54-46)?
Como tantas outras vezes, Jesus usou uma linguagem figurativa. Há diferença entre significado literal (real) e sentido literal. Ele também disse "Eu sou a porta", "Eu sou a videira verdadeira", e nem por isso compreendemos que Ele seja literalmente uma porta de madeira, ou uma árvore. Em João 1.1 lê-se que Jesus é a Palavra (o Verbo) de Deus. Frutas, legumes, carne e leite servem para alimentar nosso corpo, mas o alimento do nosso espírito é a Palavra. Devemos ter fome da Palavra. Outra expressão figurada usou Jesus na instituição da santa Ceia. Disse, referindo-se ao pão: "Tomai, comei, isto é o meu corpo". E, referindo-se ao vinho: "Isto é o meu sangue" (Mateus 26.26-28). Em Ezequiel 3.1, lê-se: "Depois, me disse: Filho do homem, come o que achares; come este rolo, e vai, e fala à casa de Israel". Antes de iniciar a missão de proclamar a mensagem de Deus, o profeta teria que guardá-la no coração, ou seja, comer a Palavra, impregnar-se dela, encher-se dela. "Comer a minha carne e beber do meu sangue" significa, portanto, a necessidade que temos de estarmos permanentemente em comunhão com Jesus, e em obediência a sua Palavra, para que a chama da nossa fé continue acesa. É esse o verdadeiro sentido da mensagem.

14- O QUE QUER DIZER "LEVAI AS CARGAS UNS DOS OUTROS" (Gálatas 6.2)?
Convém aos santos suportar com mansidão as fraquezas dos outros; ajudar os necessitados no que for possível: na dor, na angústia, nas enfermidades, nas atribulações. Devemos nos lembrar de que Jesus "tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si...foi moído pelas nossas iniqüidades" (Isaias 53.4-5). Ajudar o próximo é a expressão do amor de Deus em nós. Vejam: "Não retenhas o bem de quem o merece, estando na tua mão poder fazê-lo. Não digas ao teu próximo: Vai, volta mais tarde; dar-te-ei amanhã, tendo-o tu contigo" (Provérbios 3.27-28). "Aquele que sabe o bem que deve fazer e não o faz, comete pecado" (Tiago 4.17). Em resumo, devemos amar o nosso próximo como a nós mesmos.

15- HÁ DIFERENTES GRAUS DE CASTIGO E DE RECOMPENSA?
Vejamos o que diz a Bíblia.

- Graus de castigo
Lucas 12.46: "Virá o Senhor daquele servo no dia em que o não espera e numa hora que ele não sabe, e SEPARÁ-LO-Á, e lhe dará a sua parte COM OS INFIÉIS".

Lucas 12.47: "E o servo que soube da vontade do seu senhor e não se aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com MUITOS AÇOITES".

Lucas 12.48: "Mas o que a não soube e fez coisas dignas de açoites com POUCOS AÇOITES será castigado..."

Mateus 23.14: "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que devorais as casas das viúvas, sob pretexto de prolongadas orações. Por isso, SOFREREIS MAIS RIGOROSO JUÍZO". (Marcos 12.40 diz:"...Estes receberão juízo muito mais severo"; Lucas 20.47 diz"...Estes receberão maior condenação").

Hebreus 10.29: "De quanto MAIOR CASTIGO cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue da aliança com o qual foi santificado, e ultrajar o Espírito da graça?"

NOTA de rodapé na Bíblia de Estudos Pentecostal (Lucas 12.48): "Assim como haverá diferentes graus de glória no novo céu e na nova terra (1 Coríntios 15.41,42), também haverá diferentes graus de sofrimento no inferno. Aqueles que estão eternamente perdidos sofrerão diferentes graus de castigo, conforme os privilégios e responsabilidades que aqui tiveram ( cf. Mateus 23.14; Hebreus 10.29)"

- Graus de recompensa ou de glória
1 Coríntios 15.41,42 : "Uma é a glória do sol, e outra, a glória da lua; e outra, a glória das estrelas; porque uma estrela difere em glória de outra estrela. Assim também a ressurreição dos mortos..."

Os crentes fiéis receberão galardões: Mateus 5.11,12; 25.14-23; Lucas 19.12-19; 22.28-30; 1 Coríntios 3.12-14; 9.25-27;2 Coríntios 5.10; Efésios 6.8; Hebreus 6.10; Apocalipse 2.7,11,17,26-28; 3.4,5;12,21.

Os crentes menos fiéis não serão condenados, mas receberão poucos galardões, ou nenhum: Eclesiastes 12.14; Mateus 5.19; 2 Coríntios 5.10.

Conclui-se que o Justo Juiz julgará com justiça...uma justiça às vezes difícil de ser entendida pelos homens.

Fonte/http://www.renovado.kit.net

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