Estudo Eclesiologia - Site/pibbca

Postado por todos os estudos biblico em um so blog terça-feira, 21 de setembro de 2010 , ,

A IGREJA

ECLESIOLOGIA, Estudo Eclesiologia

O ensino das Escrituras acerca da Igreja é tão claro e positivo quanto os que dizem a respeito de qualquer outra doutrina, nela tomamos conhecimento das características e qualificação da Igreja como organismo vivo funcional, e da sua garantia de continuidade na forma de instituições locais e visíveis por todos os séculos.

I – IDENTIFICANDO A IGREJA DO SENHOR JESUS (Mts 16:18-19; Efs 4:4-6).

Nas mesmas escrituras encontramos a explícita promessa do Senhor Jesus, que sua Igreja permaneceria existindo aqui no mundo, independente das condições morais e espirituais deste. As características, a definição e a razão de existência de sua Igreja, ainda hoje são muito mal entendidas, apesar de muito discutidas. Por este motivo seu estudo se tornou muito importante e sua compreensão essencial porque é por ela que o Senhor Jesus Cristo recebe louvor e glória (Efs 3:21).

- DISTINÇÃO ENTRE A FAMILIA E A IGREJA DE DEUS.

Uma pessoa torna-se participante de uma família por nascimento ou por adoção, assim também acontece com o crente. Após crermos e arrependermos, ingressamos à família de Deus pelo novo nascimento (Jo 1:12-13; 3:6-7; I Pd 1:3-5,23) tornando assim seus filhos por adoção (Gal 3:26; Roms 8:15). No entanto uma pessoa pela conversão não passa a fazer parte automaticamente da Igreja. Todos os salvos fazem parte da família de Deus, e vão seguramente para o céu, mas para ser especialmente galardoado é necessário servir a Cristo segundo o padrão bíblico, fazendo parte como membro de uma igreja local (Mcs 16:15; Ats 28:19, II Tim 2:3-5), e isto só é possível através do batismo (Ats 2:40-41,47).

- A DEFINIÇÃO DA IGREJA DO SENHOR JESUS – (Ats 7:38; 19:32,39,41; Hbs 2:12; 12:33).

A palavra portuguesa “igreja” é tradução do termo grego “Ekklesia”, e o seu sentido original é “os chamados para fora”. Eram eles chamados para constituírem uma assembléia, reunião, congregação ou sessão, e então convocados para se organizarem num lugar público, com o propósito de tratar assuntos de uma cidade grega. Este é o termo que originou e deu significado as ações desta instituição. Ou seja Igreja, é uma assembléia dos chamados por Deus, batizados segundo os ensinos e exigências de Cristo, unidos e organizados num local visível, com o propósito de realizar sua vontade aqui na terra (I Cor 1:10).

- A ORIGEM DA IGREJA.

Encontramos no Velho Testamento, a profecia de que Deus iria mandar um precursor do Messias (Is 40:1-4, Malaq 3:1-6, 4:5). Para cumprir esta promessa, foi enviando João Batista; Ele veio pregando aos homens, a chegada do reino dos céus, e transmitindo aos mesmos as exigências de Deus para quem quisesse alcançar tal bençãos. Deveriam mostrar frutos dignos de arrependimento e de conversão verdadeira. Esses frutos consistiam em provas evidentes de completa mudança radical de coração e vida. A nenhum homem João permitiu que arrastasse para o reino de Deus vícios ou suas próprias obras de justiça. Os que aceitavam estas exigências, eram então por ele batizados (Lcs 5:25; Mats 3:1-12), inicia então o ministério da graça, ou a dispensação do evangelho (Mcs 1:1-5; Lcs 16:16, Hbs 2:3-4).

Assim como Davi que preparou e deixou boa parte do material para construção do templo, mas foi seu filho Salomão quem o construiu, foi João quem preparou o material para a nova casa de Deus, a Igreja. Quando Cristo veio, os encontrou preparados, então juntou-os e os fez membros da primeira igreja (Jo 1:35-51), a qual o acompanhou durante os três anos e meio do seu ministério aqui na terra. Portanto Cristo formou sua Igreja dos batizados por João o Batista, na qual colocou primeiramente os apóstolos (Ats 1:21-22; I Cor 12:28; Lcs 6:12-13), e a quem prometeu perpetuar até a sua vinda (Mts 16:18-20).


- CARACTERÍSTICAS DA IGREJA VERDADEIRA DE CRISTO.

Com características queremos demonstrar a distinção que lhe é própria e exclusiva, a sua forma ideal de existência, o que a classifica, fundamenta e distingue como organismo espiritual, a qual traz os traços de seu formador.

Seu cabeça, fundador e legislador: Jesus Cristo - (Mts 16:18 – Coloss 1:18).

Ela foi organizada durante o seu ministério terrestre e público, antes do dia de Pentecostes, Ele é o seu único sacerdote rei, Senhor, legislador e único cabeça. Ela executa somente a vontade do seu Senhor expressa em suas leis completas, nunca legislam emendam ou abrogam velhas leis, ou ainda formulam novas.

Sua única regra de fé e pratica: a Bíblia - (II Tim 3:15-17; Hbs 4;12).

Sendo uma instituição divina, ela não pode aceitar livros, escrituras, nem credo, nem visões, nem ciências ou tradições para a sua regra de fé e pratica, somente a Bíblia.

Suas armas de combate: espirituais e não carnais -(II Cor 10:4; Efs 6:10-20).

É comum vermos crentes preocupados com questões sociais, materiais e políticas como: segurança, educação, distribuição de rendas e governos. No entanto o campo de batalha da igreja pela sua formação e ideal, deverá ser essencialmente o espiritual, ou seja sua luta deverá ser a favor dos homens a fim de resgatar suas almas de Satanás, suas hostes, seu domínio e influência.

Seu nome: Igreja ou Igrejas - (Apoc 22:16; I Cor 11:16; Roms 16:4).

As igrejas eram organizadas e recebiam nomes de acordo com o lugar em que estavam localizadas. Dessa maneira encontramos referências à Igreja de Antioquia (Ats 13:1), a Igreja de Jerusalém (Ats 8:1), e à Igreja de Cencréia, que ficava num subúrbio de Corinto (Roms 16:1). O romanismo é o culpado pela concepção que se arraigou nos homens de “a igreja “, como se só houvesse uma. Isto feito, para poder fundamentar o dogma do papado. A luz do Novo Testamento no entanto, tal pretensão não acha guarida. Eram elas organizadas segundo os princípios ali expostos e muitas delas funcionavam em casas particulares, ex: a Igreja que estava na casa do casal Áqüila e Priscila (Roms 16:3-5), a Igreja que estava na casa de Gaio (Roms 16:23, na casa de Ninfas (Coloss 4:15) e na de Filemon (Fil. 2).

Ela é dos quatro evangelhos (pré-pentecostal) – (Mats 28:18-20; Lcs 24:49).

Os religiosos modernos crêem que a Igreja não se encontravam nos evangelhos. Segundo eles, a igreja só aparece desde o segundo capítulo de Atos em diante. A Bíblia ensina no entanto que a Igreja encontra-se fundada e organizada desde os dias do batismo de João Batista, e que tem sua continuidade na forma de igrejas visíveis e organizadas desde então até o dia de hoje.

A primeira igreja foi organizada por Jesus Cristo, pessoalmente antes de sua crucificação e ressurreição.

Nela os apóstolos foram empossados (Lcs 6:12-16), a doutrina da disciplina, a grande comissão e a ceia lhe foram entregue (Mats 18:15-22; 28:16-20; Mcs 16:15-16). Nela os apóstolos batizaram sob as ordens diretas de Cristo (Jo 4:1-2), nela o Senhor Jesus celebrou a ceia, cantou hino de louvor juntamente com os discípulos (comparar Hbs 2:12 com Mts 26:30). Ela tinha tesoureiro, Judas o que veio a trair o Senhor (Jo 13:29) e um rol de membros de 120 pessoas arrolados antes do dia de Pentecostes (Ats 1:13-15), e nela os apóstolos realizaram culto de negócios com eleição, afim de eleger um elemento para tomar o lugar de Judas, completando assim o número sacerdótico dos doze (Ats 1:15-26), por fim a mesma recebeu de Cristo a promessa de perpetuidade e os três mil convertidos do dia de Pentecostes (Ats 2:41-47).

Ela nunca deixou de existir - (Mts 16:18-19; I Cor 11:26).

A história dos batistas tem sido escrito por um “Rastro de Sangue”, deixado pelas perseguições. Em muitas ocasiões sua história só é encontrada nos registros dos inimigos, mas mesmo assim é possível traçar a sua continuidade. Não se deve porém confundir a doutrina bíblica da sucessão de igrejas com a chamada sucessão de papas e bispos da igreja romana. Não é esta sucessão que reclamamos, mas sim a promessa que Cristo deu, que sua ceia seria celebrada em sua memória constantemente sem interrupção através dos séculos, até a sua volta. Isto torna necessária uma sucessão de igrejas, praticando-a e observando-a segundo a norma primitiva do Novo Testamento. Cremos que nunca houve um momento desde que Jesus fundou sua Igreja em que não tenha havido uma igreja verdadeira sobre a Terra. Tiveram sua existência em todo o tempo até ao presente e continuará a existir até que ele venha para recebe-la em si mesmo, isto independente do desvio de algumas igrejas locais e a conseqüente perda de sua identidade como tal (Apoc. 2:5).

Ela é um corpo local independente - (Apoc 1:20; Roms 12:3-6; I Cor 12:12-17).

A igreja local é como um corpo, e cada crente participante do rol, é um membro dele. Os crentes primitivos eram batizados logo após sua conversão e tornavam-se membros da igreja local e participavam dos cultos e trabalhos da mesma, inclusive da ceia e das contribuições (Ats 2:41-47; II Cor caps. 8 e 9), rejeitamos categoricamente como carente de base bíblica a nova doutrina protestante de “igreja invisível, universal e mística”. Todas as figuras usadas da igreja no Novo Testamento têm sentido local assim: edifício, corpo (um corpo é um organismo, ocupando espaço e tendo localização definida), lavoura, noiva rebanho, templo, casa, castiçal e etc... Quem jamais viu uma “casa universal” ou uma “noiva universal”, ou um “rebanho universal”, que abranja todas as ovelhas do mundo? É muito mais fácil entender a palavra no seu sentido básico e simples, ou seja: um grupo de crentes unidos na mesma confissão de fé em Cristo, batizados biblicamente e organizados pela sua autoridade, para executar a grande comissão de evangelizar, batizar e ensinar os discípulos feitos. Além disto, todas as igrejas do Novo Testamento tinha endereço local e Cristo se dirige a cada uma delas em particular (Apoc caps. 2 e 3).

Ela tem sustentado a verdade como a maneira de fazer discípulos - (Gal 1:6-11; Roms 1:16-17).

O intuito de Jesus, ao pôr a igreja no mundo foi que o seu Evangelho fosse pregado a toda criatura; Tira-se esta idéia missionária da igreja, e ter-se-á uma vida sem objetivo, uma árvore estéril, uma casa vazia. Limitar o Evangelho em seu escopo ou poder, é arrancar-lhe o próprio coração. Cristo viveu e morreu a favor de todos os homens, e a incumbência da Igreja é torná-lo conhecido a todos. No entanto nenhuma instituição que prega um Evangelho falso, é reconhecida daquele que ameaçou a igreja de Eféso com a remoção do seu castiçal porque simplesmente esfriara no seu zelo e ficará negligente concernente à obra que Ele comissionara (Apoc 2:1-7). Nenhuma instituição que ensina qualquer forma de salvação pelas obras, está sustentando a verdade quanto ao meio de fazer discípulos. Uma igreja deve ensinar a salvação totalmente de graça e pela fé (Efs 2:8-10).

O ingresso e a participação dos membros, é individual, pessoal e voluntária - (I Pd 5:1-4).

A participação na Igreja do Senhor Jesus, é individual, pessoal e puramente voluntária ou persuasiva, sem nenhuma compulsão física ou governamental, mas sim resultante de um exame individual e de escolha pessoal.


II – A MISSÃO DA IGREJA DO SENHOR JESUS (Mats 28:18-20).

A missão da igreja está claramente esboçada na comissão de despedida de nosso Senhor, que é: glorificar a Deus conquistando almas para Cristo, edificando-as em Cristo e enviando-as por Cristo; No entanto há alguns elementos nesta comissão que convém recordar:

- SUA CONFORMIDADE DOUTRINÁRIA - (Efs. 4:1-16).

Pelos séculos não se tem notado divergências no ensinos doutrinários da verdadeira Igreja de Cristo; sua conformidade e unidades são distintas e notáveis, onde cada parte necessita das outras para se completar, resultando numa completa harmonia, tendo um objetivo especial: o de formar indivíduos completos a medida da estatura de Cristo. As suas afirmações têm se sustentados desde a igreja primitiva, nos testemunhos dos cristãos e nos seus detalhes de vidas modificadas. A sua mensagem tem sido única, a de conhecimento do pecado, de salvação pela graça, de segurança eterna e da volta de cristo e das cousas nisto envolvidas.

- SUA MENSAGEM E RAZÃO DE EXISTÊNCIA:

Testemunhar a verdade, e tornar conhecida a multiforme sabedoria de Deus – (I Tim 3:14-15; Efs 3:20,21).

Entre as responsabilidades e privilégios dados à Igreja, encontramos esta distintamente: Somos comissionados a guardar com pureza as verdades do Senhor e tornar conhecida aos homens as grandezas daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. Nunca devemos perder a visão desta maravilhosa missão evangelizadora.

Conservar puras a doutrina Cristã e sua prática (I Cor 11:2,22-23; Jds 3).

A igreja, e não homens em particular, é a guardiã das doutrinas e das ordenanças do Senhor; ela é a responsável por sua conservação, administração e prática.

Manter unidade de ação – (Roms 12:16; II Cor 13:11; Efs 4:3; Fil 1:27).

Podemos observar pela leitura das escrituras, que os ensinamentos ali contidos não são meros conselhos dados a igreja de submissão passiva, mas sim de cooperação e juízo harmonioso.

- SEU TRABALHO:

Constituir lugar de habitação para Deus – (Efs 2:20-22).

A igreja é o corpo de Cristo, da qual ele é a cabeça (Efs 1:22-23), e como tal ela é o templo santo e a habitação de Deus através do Espírito (I Cor 3:16-17; 6:15,19-20), é “uma carne” com Cristo (Efs 5:30-31), é desposada com Ele como virgem casta para um só marido (II Cor 11:2-4), e ainda será trasladada ao céu na volta do Senhor nos ares (I Tess 4:13-17).

Dar eterna glória a Deus - (Efs 3:20-21).

A moderna cultura descaracteriza doutrinas fundamentais bíblicas, quando prega que cada crente deve individualmente elevar louvores e glórias a Deus independente da Igreja. Este ensino carece de base bíblica e desfigura este glorioso ministério eterno dado a igreja por Deus. Ele recebe louvor e glória através dela, por isto é importantíssimo que cada novo convertido filie-se a uma igreja neo-testamentária.

Evangelizar o mundo – a grande comissão - (Mcs 15:15-16).

Pregar a salvação às pessoas, batizando-as (com um batismo que concorde com todas exigências da palavra de Deus), ensinando-as (educando-as) a guardar (disciplinando-as) todas as coisas que nos tem mandado, são as ordens do Senhor para a sua Igreja, chamada de a grande comissão. A execução destes mandamentos então, é primariamente uma responsabilidade da igreja.

Perseverar e preservar (Jó 17:9; II Tim 1:12; Hbs 10:38-39, II Pd 2:20-22).

Cremos que existe duas classes distintas de crentes mencionados na Bíblia, o verdadeiro e o crente nominal, isto é, só de nome. Este apóia sua fé na sabedoria dos homens e podem se apostatar (afastar-se I Tim 1:19-20, II Tim 2:17-19), vindo assim a abandonar sua profissão de fé. No entanto cremos que os crentes verdadeiros perseverarão, pois estão guardados pelo poder de Deus e sabem em quem têm crido. Mesmo que alguns sejam tentados e caiam no pecado, nele não permanecerão, “pois o justo pode cair sete vezes, mas sete vezes se levantará “ (Prov 24:16).

III – SEUS MEMBROS:

- A COMPETÊNCIA DE CADA ALMA – (I Tim 2:5).

Cremos que cada pessoa é suficientemente competente para aproximar-se de Deus, não necessitando de intermediários. Esta doutrina condena o batismo infantil e a crença por procuração e concordam com as escrituras, que diz: “... cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus” (Roms 14:12).

- UMA IGREJA SÓ DE CRENTES SALVOS (Ats 2:27-47; I Pd 2:4-5).

A igreja é simbolizada por várias figuras no Novo Testamento entre as quais “casa de Deus vivo”, essa casa é construída de “pedras vivas”: os crentes, sobre “a pedra viva” fundamental que é Cristo. A pedra deverá estar viva quando entrar na casa, Deus não construíra sua igreja de material morto. O crente já estará salvo, convertido e terá a vida eterna antes de ser colocado na Igreja. O uso de um corpo ligado a cabeça, que é Cristo (Coloss. 1:18) também indica que a Igreja local é feita por pessoas que possuí vida espiritual, pois caso contrário, será apenas um cadáver sem vida (Tg 2:26). Nós Batistas fundamentalistas, insistimos na necessidade da igreja local ser composta unicamente de pessoas regeneradas, verdadeiramente salvas.

Sendo assim, são três os requisitos que qualquer pessoa precisa preencher para na Igreja ingressar:

1-) Requisito espiritual – (I Jo 5:13; Jo 5:24).

O candidato deve provar que realmente é regenerado pelo poder de Deus, e que tem plena certeza de sua salvação. A experiência bíblica de uma conversão verdadeira é essencial e necessária para o indivíduo que pretende filiar-se a igreja. Somente a pessoa que demonstra a realidade dessa conversão na vida, estará preparada para pedir seu ingresso.

2-) Requisito Social – (Mts 3:1-6; Roms 10:9-10).

É preciso confessar publicamente sua fé e submissão a Cristo como salvador pessoal e Senhor da sua vida. Assim deverá o mesmo apresentar-se perante a igreja, mostrando- se desejoso de nela ingressar. Após o exame de sua crença e fé, a igreja decidirá sobre sua aceitação ou não. Toda pessoa é livre para pertencer ou não a Igreja, assim como ela também o é para aceitar ou rejeitar qualquer candidato ao batismo e ao seu rol.

3-) Requisito formal – (Mats 3:13-17).

Não somos ritualistas, temos apenas duas ordenanças. No entanto todo novo convertido para ingressar na igreja, precisa preencher o requisito formal, isto é precisa submeter-se ao batismo.

- OUTRAS MANEIRAS DE FILIAR-SE A IGREJA:

Adotamos ainda outras maneiras de admissão de membros ao grêmio, se já exauridos os requisitos acima, senão vejamos:

Carta de transferência.

Um crente, quando se muda de um lugar para outro, é natural que ele queira participar de uma Igreja Batista da mesma fé perto de onde mora. Para pertencer à Igreja local, ele deverá comunicar ao Pastor ou dirigente sua preferência, este solicitará “carta de transferência” diretamente à Igreja de sua origem. A carta de transferência é o que regula o intercâmbio de membros entre as igrejas; isto feito para evitar-se a anomalia de crentes com “cartas de transferência no bolso”.

Por reconciliação.

Aceita-se por reconciliação o membro que foi excluído quando se verifica que de fato está plenamente restaurado e que não há nada que o impeça de voltar a comunhão.

Por declaração ou aclamação.

Esta modalidade só se realiza em casos especiais, como por exemplo, quando uma igreja já se dissolveu, ou quando após solicitada a “carta de transferência”, não obtivemos nenhuma resposta.

- O QUE O MEMBRO DEVE A SUA IGREJA.

Entre as responsabilidades e deveres do crente para com a Igreja, destacamos as seguintes:

Lealdade e cooperação: Tem o crente o dever de ser leal à Igreja a andar juntos no amor de Cristo, a se esforçar pelo progresso, graça, conhecimento, crescimento e espiritualidade, e ainda cooperar com seus cultos, e seus trabalhos.

Generosidade: deve o crente ser um contribuinte generoso assíduo e proporcional, acatando o ensino bíblico a este respeito, visando o sustento do Pastor, o socorro dos necessitados, as despesas da Igreja e da propagação do evangelho pelas nações do mundo através dos missionários aprovados.

Amor: É ainda dever do crente recordar constantemente o mandamento de Cristo, para amar uns aos outros, usando sempre de cortesia, tanto no falar como no agir e esforçar para não ofender-se facilmente, e procurar reconciliação com qualquer um que o tenha ofendido, orando sempre em favor da igreja dos perdidos e de si próprio.

Testemunho e santidade: Cada membro deverá procurar a conversão dos parentes, amigos colegas e vizinhos, esforçando-se por traze-los à Igreja (Jo 1:40-46), reforçando a pregação com uma vida reta, santa e honesta (Mts 5:16), tendo cuidado de guardar a língua da calúnia, das palavra mentirosas, levianas, imorais ou blasfemas, nunca tomando o nome de Deus em vão, abstendo-se do fumo, das bebidas alcoólicas, das drogas, dos vícios que prejudicam o corpo, dos jogos de azar de toda espécie, sendo honestos em todos os negócios, pagando as dívidas e evitando qualquer tipo de negócios ilícitos ou desonesto, promovendo assim sua própria santificação, lendo e ouvindo a palavra de Deus, orando pelos irmãos e filhos, ensinando-os a palavra de Deus, esperançosos de sua conversão e mudança de vida espiritual.

- O QUE A IGREJA DEVE AOS SEUS MEMBROS - (Roms 12:18; 14:19; Efs 4:3; I Tess 5:13).

Amor - Todos devem se amar mutuamente.

Oração - Devem os crentes se aplicar a oração intercessora.

Instrução – A igreja foi constituída para ensinar e doutrinar.

Fortalecimento e compreensão – Cada crente está sujeito a falhas. Por isso, a igreja deve tratar o irmão com brandura e ajuda-lo a fortalecer-se na fé.

Auxílio – nas doenças e nas dificuldades financeiras, etc.

Manter os laços de fraternidade – e desenvolver os laços da unidades.

O TRABALHO DA MULHER NA IGREJA DE CRISTO.

Para dizer o mínimo na introdução deste tópico não é nossa tradição torcer a Bíblia para justificar nossa prática. Nossa maior glória como igreja de Cristo, tem sido a que temos modificado nossa conduta quando preciso, para estar em acordo com a Bíblia. Para os tempos que mudam, temos a palavra de Deus fixa no céu. Costumes, tradições e modismos podem mudar sem danos ou perdas, mas a conduta divinamente ordenada deve permanecer segura, inviolável por aqueles cujos corações são regidos pelo temor de Deus. Portanto nosso assunto implica uma verdade que precisa de ênfase na sua afirmação, essa verdade, é que há lugar para as mulheres na igreja. Ao falarmos de “lugar” da mulher, parece ser um assunto de menor importância dentro das doutrinas fundamentais, mas não podemos esquecer que estamos tratando da sua conduta no serviço de Deus como membros da Igreja, logo nossa discussão têm a ver com a submissão absoluta à autoridade divina inerente nas escrituras, e com o cumprimento das tarefas ali exposta, independente de sua posição na sociedade nos dia de hoje. A glória da mulher, acha-se na obediência e na ocupação do seu importante papel divinamente dado. Seu vexame ocorre quando deixa de faze-lo.

Coisas que as mulheres estão vedadas a fazer

Estão proibidas de ensinar e usar autoridade sobre o homem – (I Tim 2:11-12).

“Ensinar” significa simplesmente que as mulheres não são para ocupar o oficio de mestres na igreja. Paulo após falar de não permitir que a mulher ensine, ajunta: “Nem tenha domínio sobre o homem”. Uma mulher mandona é tanto uma monstruosidade, como um homem efeminado.

De dirigir oração e falar publicamente na igreja – (I Tim 2:8; I Cor 14:34-35).

Num ajuntamento misto, não é bíblico que uma irmã ore, ensine ou tome a frente do trabalho. Afirma Paulo ainda que os varões é quem devem estar na direção dos trabalhos dizendo da necessidade de ordem nos cultos. Se a mulher tomar a palavra na igreja, estará quebrando a ordem divina de ser sujeita ao seu marido.

Não deve aparecer em traje imodesto ou soberbo (I Tim 2:9-10; Prov 30:10-31).

Virtuosidade e espiritualidade são seus vestidos. Consagração, força de vontade e dignidade são feições de seu caráter. Enganosa é a graça e vaidade é a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, esta será louvada.

Razões dessas proibições:

Prioridade de Adão na criação – (I Tim 3:13).

A prioridade de Adão na criação indica sua chefia da raça. Ensino público por parte da mulher ou seu exercício de qualquer autoridade discrepa essa chefia.

A decepção da mulher na queda – (I Tim 2:14).

A mulher foi enganada pela serpente ao pensar que comer do fruto traria benefício em vez de banimento. O homem participou do fruto, mas não foi enganado, ele sabia quais seriam as conseqüências, e participou do fruto, porque preferiu ser expulso com sua esposa a separar-se dela. A decepção da mulher na queda mostra a suscetibilidade da mulher para o malogro. A causa não é por ser inferior ao homem, e sim por uma diferença de temperamento e natureza. Sua natureza ajusta-a para o lar e a criação de filhos, para este fim ela têm um temperamento muito delicado e uma natureza fortemente emocional. Assim ela é caracteristicamente manejada mais facilmente que o homem. Sua natureza a dispõe para chegar a conclusões pela intuição antes que pela consideração. Todos estes fatos a desajustam para a liderança pública, ou para o ensino.

IV – O GOVERNO DA IGREJA.

O governo da igreja do Senhor Jesus Cristo é congregacional, cabe a congregação gerir os seus próprios negócios. Ela é autônoma e independente, não está submissa a nenhuma associação, outra igreja ou pessoa. Ninguém tem o direito de nela mandar, devendo ela somente observar os mandamentos da Bíblia dados por Cristo e cada um dos seus membros tem direitos iguais em todos aspectos, inclusive o do voto, e cada voto dos seus membros tem valor e peso iguais.

A autonomia e independência da Igreja local.

A igrejas do Novo Testamento organizadas pelos apóstolos, as quais nos servem de modelo, eram autônomas, isto é independentes uma das outras, embora ligadas pelos laços fortes de amor, fé e doutrina. Cada igreja cuidava dos seus próprios negócios, com o devido respeito uma para com as outras, eram completas em si, vivendo uma espécie de republica debaixo das leis do seu chefe celestial, conforme vemos:

- Cada Igreja votava e elegia seus próprios anciãos (pastores) e diáconos por comum consentimento – Atos 14:21-23 (um sinal simples e democrático de levantar a mão, que envolve o voto de cada um dos membros, homem mulher, moço ou moça, por mais humilde que fosse).

- Cada Igreja examinava os casos de disciplina, excluía e recebia de volta os membros, sem interferência de outras Igrejas ou pessoas (I Cor 5; II Cor 2:6-8).

- A Igreja local era o tribunal maior nos casos de disciplina, não podendo um membro apelar para outro qualquer corpo eclesiástico (Mts 15:15-18). A decisão da igreja local era final e definitiva. Notamos ainda a independência de cada igreja local pelo fato de Cristo se representar por andar no meio delas, fiscalizando e comungando-se com cada uma em particular (Apoc 1:12-13,20), dirigindo uma carta em separado a cada uma delas (Apoc cap. 3 e 4).


- OS OFICIAIS DA IGREJA – (Fil 1:1; Tito 1:5-9, Ats 6:1-7).

Há dois e somente dois oficiais permanentes na Igreja do Senhor Jesus Cristo. São eles: O pastor(es) (ou bispo/ancião) que é o seu oficial nos assuntos espirituais e o(s) diácono(s) que é o servo na área patrimonial, financeira, (as coisas temporais) benéfica da igreja. Estes oficiais representam a assembléia da igreja diante dos poderes do mundo.

O Pastor: O oficio do Pastor é o de pregar (ministrar a palavra), ensinar, corrigir e exortar as ovelhas (I Tim 4:13-15), deverá ele também dedicar-se ao estudo das escrituras, afim de saber preparar o alimento espiritual para atender a todos, tem ele ainda de proteger o rebanho das muitas falsas doutrinas e suas diversas formas de corrupção. Agindo assim estará ele “zelando pelas almas do rebanho” (Atos 20:28-31; II Tim 4:2-5; Hbs 13:17), por fim, recebe ele autoridade para dirigir, a qual nenhum outro membro o tem (I Tess 5:12-13; I Tim 5:17, Hbs 13:17).

O diácono: O diácono é o servo da igreja, e só deverá fazer o que ela autoriza-lo a fazer, ele nunca poderá agir com autonomia, ou ultrapassar os limites estabelecidos pela igreja. Assim são três as áreas em que o diácono serve:

a-) os necessitados e pobres: O diácono deve observar a situação de todos os membros, chamando a atenção da igreja para os casos urgentes (Ats 6:3).

b-)a Igreja: O diácono tem por responsabilidade verificar se os elementos estão providenciados para a ceia, os quais são: o suco de uva e o pão sem fermento.

c-) o pastor: O diácono deverá verificar se o salário do pastor é adequado. Deve ter ele uma compreensão das necessidades do seu pastor e de quanto ele precisa para realizar a sua obra pastoral com eficiência (Gal 6:6). Todos os assuntos de ordem material da igreja fazem parte da responsabilidade do diácono (inclusive o patrimônio, construções, etc).


- A DISCIPLINA DA IGREJA DO SENHOR JESUS - ( I Pd 4:17; Hbs 12:1-15).

Por sermos ainda pecadores e imperfeitos, a disciplina na Igreja é necessária. Jesus Cristo ensinou e mandou que a praticássemos. Uma igreja que tem membros desordenados e heresias não pode observar a ceia dignamente e será culpada do corpo e do sangue do Senhor, comendo e bebendo para a sua própria condenação (I Cor 11:27-29). Além disto não disciplinando os membros eles vão se destruindo e pervertendo os ensinos do Novo Testamento como Igreja de Deus ( I Cor 10:16-17). A disciplina porém deve ser feita constantemente e corretamente; Deverá ser efetuada de maneira cuidadosa, atenciosa, respeitosa e afetuosa em bondade amor, não com vingança retaliação ou ódio.

Os motivos da disciplina:

A Glória de Cristo: A igreja, é o corpo de Cristo aqui no mundo, e como tal tem que ser limpo, puro e santo para a sua glorificação. Se assim não for desonra-o.

O bem da Igreja: Outro motivo porque deve haver disciplina, é para não deixar o mal infectar. O mal exemplo de um erro poderá corromper toda a igreja. Portanto uma igreja tem que proteger o seu corpo do malfeitor.

O bem da pessoa disciplinada: Se não houver correção, estará a igreja demonstrando descuido, egoísmo e desamor a pessoa faltosa. A disciplina do homem incestuoso em Corinto (I Cor 5:1-15, II Cor 2:6-8), teve o fim desejado que era o arrependimento e o retorno de sua comunhão com a Igreja. Outro propósito da disciplina, é que o faltoso se envergonhe da causa de sua ofensa (II Tess 3:14); agindo assim estará a igreja incentivando seus membros a arrepender-se, a reconciliar-se e a andar corretamente com Cristo.


Tipos de disciplinas

O termo disciplina origina-se do latim e significa ação de instruir na educação e no ensino. Portanto a função da disciplina é ensinar e corrigir. Assim uma igreja disciplinada é instruída, educada, ensinada. Entretanto a disciplina poderá ser:

Formativa ou instrutiva

Esta é a disciplina de instrução, repreensão, conselho e alimentação espiritual, os crentes a recebem através das pregações, exortações, estudos da escola bíblica e união de treinamentos. Tem ela a finalidade de formar o caráter e consciência dos crentes. Deverá ser feita pelos pastores (Efs 4:11, Atos 20:28) e pelos outros.

Corretiva ou restaurativa – (Gal. 6:1).

Todos os crentes estão sujeitos a falhas e quando alguém incide em algum erro ou falha, devem ser corrigidos. Ao aplicar a disciplina correcional, a Igreja deve faze-lo com mansidão e brandura. Há muitos erros que devem ser corrigidos, alguns não parecem de grande dano, no entanto causam grande embaraço a obra do Senhor, tais como: a maledicência, o espírito faccioso, o orgulho e o mundanismo. Todos estes não podem ter a complacência da igreja, devem ser corrigidos. A aplicação desta disciplina, não é somente obra do Pastor, mas também dos espirituais da Igreja.

Exclusiva

Esta forma de disciplina é quando tem que excluir, cortar, ou expulsar um membro da Igreja por causa de ofensa severa. A igreja é um corpo, e se um membro é um perigo para a sua saúde espiritual, deverá ser cortado. Quando os pecados trazem escândalos ofensas públicas à moral, a Igreja deve aplicar a disciplina exclusiva. Agindo assim estará demonstrando amor e que não pactua com o pecado. Esta forma de disciplina tem que ser feita pela igreja toda (I Cor 5:3, II Cor 2:6). Assim há três tipos de ofensas dignos de disciplina no Novo Testamento:

As ofensas pessoais ou particulares – (Mats 18:15-18).

Quando dois membros tem um problema pessoal e privado, os dois deverão resolver entre si. Se não puderem o ofendido deve levar mais um ou dois irmãos tentando resolve-lo; se o culpado não escutar os irmãos, deve se falar com a igreja toda; se o culpado não escutar a igreja, a igreja deverá disciplina-lo. A igreja não deve ouvir um caso assim antes de cumprir os primeiros passos prescritos por Jesus acima.

As ofensas morais. ( I Cor 5:1-11; I Tess 3:6-14).

Estas são as ofensas públicas de imoralidade, (prostituição, fornicação, adultério, homossexualismo), avareza, idolatria (ofensa religiosa como relíquias, ídolos, imagens ou heresias), maldizer, bebedice, (inclusive abuso de drogas), e roubo. Ninguém tem o direito de esconder estas ofensas, mas sim o dever de trata-las publicamente e disciplinar os desordenados.

As ofensas doutrinária – (I Cor 5:6-8; Efs 5:11; I Tim 6:3-5).

Quando há heresias doutrinarias, deve-se disciplinar, excluir, cortar ou expulsar os hereges da sua comunidade. Se deixá-lo persistente na sua heresia, ela crescerá e fermentará, até tomar conta da igreja toda. Somente praticando a disciplina certa e bíblica poderemos manter um bom testemunho neste mundo como Igreja de Cristo.

- O PLANO FINANCEIRO DA IGREJA – (Mal 3:8-10; II Cor 9:7)

Deus sempre teve um plano certo para sustentar, cuidar e manter o seu trabalho e sua obra. Esta para se manter nunca dependeu do mundo e nem tampouco recebeu autorização para utilizar seus métodos de arrecadação para sobreviver tais como: churrascada, canjicada, bazar de pechincha, assinatura em livro de ouro, coleta para cofre de bençãos ou listinha de pedidos. A igreja verdadeira de Cristo não deve usar estes expedientes e nem tampouco mendigar ao mundo; Se ela precisar pedir, deverá fazê-lo somente a Deus.

O plano financeiro divino – ( I Cor 16: 1-3; II Cor 9:15).

Sendo a palavra de Deus nossa regra de fé e prática, nela encontramos o método para financiar e sustentar as atividades da Igreja. O plano financeiro divino de participação dos crentes, sempre foi os dízimos e as ofertas especiais alçadas de seu povo. Foi instituído bem antes da lei e é mantido até agora debaixo da graça.

O dizimar antes da Lei de Moisés – (Gns 14:20; 28:22).

Abraão o patriarca e seu neto Jacó eram dizimistas voluntários muitos anos antes da lei de Moisés, mostrando-nos que foi mandamento de Deus para todas épocas, e não somente exclusividade ou parte daquela lei.

O dizimar durante a Lei de Moisés – (Num 18:24-28; Lev 27:30).

Deus mandou seu povo dar o dízimo sob o período de Lei de Moisés. Então continuou sendo a maneira certa para sustentar e manter seu trabalho.

O dízimo no Novo Testamento – (II Cor 8:12; Mts 23:23).

A doutrina da mordomia cristã afirma que Deus é dono de todas as coisas e que a vida e a propriedade estão nas mãos do homem como administrador, e nesta relação os direitos pertencem a Deus; Portanto Deus chama todos os crentes para serem bons mordomos, e cada crente deve prestar contas de sua mordomia, oferecendo sua contribuição para a obra. Entendemos então que o dízimo e as ofertas são papéis de grande importância na nossa vida, é mais que contribuir com a solução das necessidades financeiras da Igreja, é a maneira que Deus usa para fazer crescer e provar nossa fé e caráter cristão. Portanto nossa contribuição para o sustento do trabalho, tanto local como evangelístico, além de pontual e proporcional as nossas riquezas, são frutos das nossas convicções, satisfação e dedicação.

A maneira certa de dizimar

Onde devemos dizimar? – (Mal 3:10)

A casa do tesouro no Velho Testamento foi o templo, no Novo Testamento é a igreja do Senhor Jesus. Devemos dar nossos dízimos e ofertas à igreja onde somos membros, nenhum crente tem o direito de dar seus dízimos e ofertas para quem quiser, nem usá-los na maneira que achar certa. O dízimo e as ofertas são do Senhor, e devemos dá-los à igreja e ela decidirá o que fará com eles.

Porque devemos dizimar? – (Mal 3:10).

Manter, cuidar e sustentar o trabalho de Deus gera custos e é responsabilidade de cada membro da igreja ser fiel nisto. Não devemos deixar outros pagar as despesas da nossa “casa”. A pessoa que pode trabalhar mas não quer e fica em casa dormindo, não ajuda a pagar as despesas, é irresponsável, preguiçosa e desonesta, não deve também desfrutar das bençãos que a recebe (II Tess 3:10).

Quem deve dizimar? – (I Cor 16:2).

“Cada um de vós”. É a responsabilidade de cada membro da igreja dar os dízimos e ofertas. Todo membro, que ganha, deve dizimar. Se todos membros assim fizer, a Igreja poderá fazer muito mais pela obra do Senhor.

Quando devo dizimar? – (I Cor 16:2).

“No primeiro dia da semana”. Não significa que temos que dar todos os domingos, se não o ganhamos toda semana. As escrituras ensina que devemos dizimar com regularidade e fidelidade, toda vez que o ganhamos, e não somente quando quisermos. Devemos ofertar a Deus coisas de valor e primeiras (II Sam 24:24).

V – AÇÕES E RELAÇÕES DA IGREJA

AS ORDENANÇAS – (Mts: 28:18-20; I Cor 11:1-2).

A palavra ordenança significa “aquilo que foi ordenado ou mandado”. Este termo têm sido usado para descrever as duas instituições que Cristo deixou para a igreja administrar, observar e guardar. A quem ele entregou a grande comissão, também entregou as duas ordenanças, que são retratos de sua obra salvadora feito na cruz. É obrigação da igreja de guarda-las puramente; Perverte-las, é perder o direito de ser reconhecida com sua igreja verdadeira (Apoc. 2:5).

- O BATISMO - (Roms 6:1-4,11-14;Ats 8:36-39).

O batismo é a imersão, mergulho ou submersão do crente nas águas, pela autoridade de uma igreja neo-testamentária com a finalidade de declarar simbolicamente ao mundo morte, sepultamento e ressurreição de Jesus Cristo (I Pd 3:21; I Cor 15:1-3), demonstra também que o crente “morreu” para o mundo e “vive” para Deus (Gal 2:20; Coloss 3:1-4; Efs 2:1-10), e ainda, é o ato pelo qual ele ingressa à Igreja.

Porque o crente deve batizar:

- Para seguir o exemplo de Cristo – (Mats 3:5-17).

Cristo não se batizou para livrar de pecados, pois ele é o filho Santo do Santo Deus. Jesus se batizou para cumprir a justiça de Deus, e disto Deus se agradou (I Jo 3:7).

- Para se revestir de Cristo (Gal 3:26-27).

Demostrar em símbolo (figura) da purificação dos seus pecado, sendo uma “lavagem”(Ats 22:16, Hbs 10:22). Por todos estes motivos, deve o crente aceitar o batismo bíblico a fim de obedecer o exemplo e às ordens de Cristo.

Quem tem autoridade para batizar:

João Batista foi o primeiro a ser enviado por Deus com autorização para batizar (Jo 1:33), Jesus Cristo foi batizado por ele (Mts 3:13-17), e ele entregou esta autoridade para a sua igreja (Mats 28:19-20). Portanto esta autoridade pertence a sua igreja verdadeira. Ninguém tem direito de ministrar batismo por conta própria.

A CEIA DO SENHOR JESUS - (I Cor 11:23-31; Mts 26:26-30).

A ceia do Senhor, foi instituída por Jesus Cristo na noite em que foi traído (I Cor 11:23-24), a ocasião foi a celebração da páscoa, uma festa judaica realizada anualmente, que teve seu início na noite da saída de Israel do Egito (Ex cap. 12).

Memorial do Senhor – ( Lcs 22:19).

Com a instituição da ceia, Jesus colocou fim ao velho memorial chamado “o pão da aflição comido pelos pais na terra do Egito”, e estabeleceu um novo, o qual traz fatos e promessas do Velho Testamento. (Jerem 31:31; Hbs 8:7-13). “Fazei isto em memória de mim”, quer dizer “para recordação”, portanto a ceia do Senhor, é para o salvo se lembrar do sangue derramado por Jesus na cruz. Assim a ceia é comemorativa, memorial, simbólica e pregadora da salvação. Cada vez que a Igreja a celebra, está anunciando a morte de Cristo.

Os elementos da ceia – (Mts 26:26-29; Lcs 22:18).

O pão ázimo( I Cor 5:7-8). O pão da ceia não é o corpo verdadeiro (literal) de Cristo, nem está ele presente invisivelmente,) é somente o símbolo (o retrato do Cristo perfeito). Representa a sua encarnação, que ele tomou um corpo humano e deixou sua glória (Jo 1:14), nasceu de uma virgem e viveu entre os pecadores em perfeição de conduta, doutrina e voluntariamente. Era ele sem mancha ou defeito, um homem perfeito, idôneo para servir de sacrifício para os nossos pecados (Hbs 7:26; II Cor 5:21), ele ganhou “a justiça” através da sua vida reta e santa que o pecador não tem, nem pode obter, mas precisa. O Senhor Jesus Cristo é a justiça do crente pela fé (Gal 2:16; Filip 3:9; I Pd 3:18). Ele partiu o pão da Ceia significando que ia se sacrificar por seu povo. Ele é nosso substituto de justiça.

O fruto da vide: Assim como no pão, o Senhor Jesus Cristo não está presente no fruto da vide, nem tampouco é o seu sangue (literal). É somente o símbolo do mesmo derramado a fim de tirar nossos pecados. Ele sofreu a pena da lei de Deus (que é morte e inferno), tomando nossos pecados para si, e pagou o preço deles todos, ganhando assim para nós o perdão (Roms 5:9; Apoc 1:5; I Pd 1:18-19).

Os símbolos da ceia:

A unidade do corpo local – ( I Cor 10:17; 12:12-31).

A celebração da ceia não é um ato individual, e sim coletivo, a Bíblia compara a igreja ao corpo humano, dizendo que o corpo físico é um só, mas tem muitos membros, e cada membro tem uma função diferente, mas trabalha em conjunto com o corpo todo. Nenhum membro do corpo pode sair para trabalhar em separado, funcionando sozinho, até mesmo os mais fracos são necessários. Cada igreja batista neo-testamentária é uma igreja local e cada igreja simboliza esse fato de um corpo. Quando os membros da igreja tomam a ceia, estão demonstrando que fazem parte daquele corpo local, e que ali nele têm sua função. Sendo a igreja um corpo, não se pode tomar a ceia em grupos ou individualmente. A Bíblia nos diz para “esperarmos uns pelos outros (I Cor 11:33), quando vos ajuntais num lugar" ( I Cor 11:20).

A pureza do corpo – ( I Cor 5:7-8).

Quando tomamos a ceia com pão ázimo (sem fermento), estamos mostrando a pureza da igreja. Na ocasião, cada membro deve examinar-se a si mesmo, para não toma-la indignadamente (I Cor 11:27). Qualquer membro que tem pecado na sua vida deve confessar esse pecado antes de tomar a ceia. Isto pode ser feito na hora, publicamente ou em silêncio, dentro do coração do indivíduo, dependendo da natureza do pecado, se público ou particular. O importante é a sinceridade da pessoa. No caso dos membros não julgarem os seus próprios pecados, a igreja tem direito de fazê-lo, e julgar se os participantes estão em condições ou não para toma-la. A Bíblia diz que: “um pouco de fermento faz levedar toda a massa”(I Cor 5:6).

A IGREJA E O GOVERNO CIVIL E SUA SUBMISSÃO (Mats 20:20-25, Ats 4:18-20; 5:29).

Cremos que o governo civil é uma instituição fundada por Deus para conservar a ordem e promover o bem da sociedade humana; Os crentes devem ter por ele o máximo respeito. A única exceção, é o caso das leis que proíbem reuniões e a propagação da palavra de Deus. Então reconhecemos como instituições de origem divina, a família, o governo civil, e a igreja de Jesus Cristo. Essas três deverão servir de apoio mútuo umas às outras, sem porém interferir no funcionamento uma da outra, vivendo uma completa independência entre igreja e estado.

Qual a atitude dos crentes para com o governo civil? – (Roms 13:1-7).

- Os crentes, assim como os incrédulos devem ser sujeitos à autoridade do seu governo (vs. 1 a ), nossa consciência exige esta sujeição à autoridade (vs 5).

- O princípio de governo civil é ordenado e estabelecido por Deus (vs 1b), ninguém deverá resistir a esta autoridade, por atos criminosos, ou revolucionários (vs 2).

- A função do governo não consiste em atos de paternalismo (providenciando auxílio para os doentes, velhos, etc., biblicamente esta é a função da família), mas sua função consiste na proteção dos que fazem o bem e punição aos que fazem mal (vs 3); O governo é ministro de Deus para executar este serviço de recompensar o bem e castigar o mal (vs 4).

Os limites desta sujeição – (Roms 13:6-7; Mts 17:25-27; 22:21; I Tim 2:1-2).

Acima o Senhor Jesus definitivamente separa “as coisas que pertencem a César” (ao governo) das “coisas que pertencem a Deus” (religião), e estabelece também o princípio de pagamento de impostos “para não dar escândalo”. Exorta ele ainda os crentes que orem sem cessar a favor dos governantes, para que estes garantam-lhes uma vida quieta e sossegada, sem interferência ou impedimentos do livre exercício da fé. Em Atos 5:29; 4:18-20, podemos ver a resposta dos apóstolos quando levados diante do tribunal civil e religioso ao serem impedidos de pregarem o evangelho. ”Julgai vós se é justo diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus” (vs. 19), e “mais importa obedecer a Deus do que a homens” (Atos 5;29). No entanto quando houver conflitos de pontos de vista ou formos desafiados pelas autoridades, o espírito de todo crente deverá ser o de mansidão e não de arrogância (I Pd 2:13-17; 3:13-17).

A IGREJA E O CULTO – (Lcs 18:9-14; Jo 4:23-24; Roms 12:1).

O culto é tão antigo como o homem. Vemo-lo praticado no Éden, Caím e Abel dão-nos mostras dos dois tipos de adoradores. Aquele é ritualista, e este é pratico, aquele é hipócrita, e este é sincero, aquele é adorador por tradição, e este o é de coração. A respeito do culto formalista fala o profeta Isaías do grande erro daqueles que cultuavam a Deus só de lábios (Is. 1:10-20). Muitos ainda hoje, estão presos a lugares, rituais e tradições. Mas Deus é imensurável, não tem fronteiras. Ele é o Senhor do culto, pois “habita no meio dos louvores”. Portanto o culto pode ser prestado nos fundos dos mares, nas mais altas montanhas, nas maiores alturas, nos aviões, nos foguetes, ou em qualquer outro lugar.

O que é o culto:

É uma alma faminta diante do celeiro espiritual.

É uma terra sedenta clamando por chuva.

É um coração faminto em busca de amor.

É o homem subindo as escadas do altar de Deus.

É a resposta do homem à revelação de Deus.

É a honra, reverência e louvor que a criatura dedica a divindade.

O que o culto oferece ao indivíduo:

Coloca-o em relação pessoal com Deus.

Concede-lhe instrução e luz para o viver cotidiano.

Concede oportunidade de purificação da consistência.

Provê estímulos morais e desafios para a vida.

Retempera a fé, aumenta a esperança e afervora o amor.

Coloca-o em comunhão com os irmãos.

O simbolismo no culto.

Vários símbolos foram usados na antigüidade pelos cristãos:

A cruz: – Este é o símbolo por excelência.

O peixe: - Dizem que foi o primeiro símbolo reconhecido pela cristandade. Naqueles tempos de grandes perseguições os cristãos usavam códigos ou símbolos para se identificarem. Ao se defrontar um cristão com outro, traçava um peixe no chão ou no ar e logo era reconhecido. As letras da palavra correspondiam às iniciais da frase: Jesus Cristo, filho de Deus, salvador.

As letras IHS: - Elas significam “Jesus, salvador dos homens”. Ou INRI – Jesus Nazareno, Rei dos Judeus.

Xp: - Estas letras significam Cristo.

ΛΩ: (Alfa e Ômega) – o começo e o fim. Estas letra gregas são muito encontradas nas “catacumbas de Roma”.

Alguns símbolos e seus significados usados no culto das igrejas primitivas:

A Cruz - o sacrifício de Cristo.

A mesa da ceia – o memorial.

O púlpito - o testemunho.

A Bíblia – a revelação de Deus.

O símbolo da música – louvor.

O batistério – a ressurreição.

Os perigos dos símbolos:

Os símbolos trazem o perigo de serem tomados pela coisa simbolizada, perdendo o seu significado e correndo o risco de tornar superstições. Muito apego aos símbolos pode dar a tendência de exaltação as coisas externas, quando na realidade, o essencial é o interno, o espiritual.

As principais partes de um culto.

Os hinos:

Os hinos dão vitalidade ao culto, pois através deles, o adorador pode extravasar os seus sentimentos de louvor e gratidão a Deus, eles refletem a nossa convicção, a nossa esperança, a nossa fé e o nosso amor. Paulo e Silas “cantavam hinos a Deus”, no cárcere, até “perto da meia-noite”(Ats 16:25). Os cristãos primitivos cantavam muito, herdaram esse costume dos judeus. A história israelita é a mais alta expressão de louvor e gratidão a Jeová. Os Salmos por exemplo constituem uma antologia de louvores a Deus, eles são como que um florilégio musical. Os anjos ao introduzirem no mundo o anúncio do nascimento do Salvador, o fizeram “louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra, entre os homens de boa vontade”(Lcs 2:13-14). Na última ceia (Mats 26:30), nosso Senhor e os discípulos cantaram supõe-se que tenha sido um trecho do “Hallel” (Salms 113:118), que era comumente cantado naquela época. Assim dos Evangelhos ao Apocalipse, a música cristã é citada, e por se alegre, a religião cristã é cheia de hinólogos.

A oração:

A oração é a respiração e a janela da alma pela qual vemos e falamos com Deus, ela deve ocupar lugar de muita importância no culto. É o momento quando a alma se descobre perante o Criador e lhe invoca as bênçãos, é também a chave que abre o coração de Deus, donde saem as inumeráveis bençãos para a nossas almas. Orar então, é estar em contato com Deus, é debruçar-se ante a sua face augusta, para ouvir-lhe as repreensões, para sentir-lhe os apelos e receber dele as bençãos.

Quanto as qualidade, as orações devem ser:

Objetivas, compreensivas e concisas.

Quanto à classificação, elas podem ser:

de adoração, de louvor, de súplica, de intercessão.

Quanto ao propósito, elas devem incluir:

Adoração, confissão. agradecimento, súplica, submissão.

A pregação:

A exposição da mensagem é a parte principal do culto, revela-nos o propósito de Deus. Ela nos transmite sua graça, sua sabedoria, seu poder e vida. Por essa razão, ela é para o mundo da consciência, um sopro de vida do Criador. Quando ela diminui, o povo perece, por falta de visão e do conhecimento de Deus; Quando ela desaparece, as trevas cobrem os corações e as almas se perdem, por falta de sua luz e de sua verdade. Então as trevas substituem a luz, o mal o bem, o pecado a santidade, a morte a vida, a incredulidade a fé, o ódio o amor e a vingança o perdão.

O dia do Senhor – (Apoc 1:10).

O dia do Senhor deve ser guardado com toda a honra e dignidade. Deve ser santificado, ninguém deve profana-lo, o domingo é para o louvor, para a pregação, o testemunho e a santificação.

Porque guardar o domingo e não o sábado?

Não guardamos o sábado pelas seguintes razões:

1. Há uma profecia sobre a abolição do sábado; Deus disse a Oséias: “E farei cessar os seus sábados “ ( Os. 2: 12 ).

2. O sábado fazia parte da lei, era mandamento. Hoje não estamos mais sujeitos à Lei, Paulo escreve: “De modo que a lei se tornou nosso aio, para nos conduzir a Cristo, a fim de que pela fé fôssemos justificados. Mas, depois que veio a fé, já não estamos debaixo do aio” (Gál. 3:24,25). Logo, se a lei não pode ser aplicada, não o pode também o sábado.

3. Cristo não guardou o sábado como mandava a tradição. Assim, diziam os fariseus: “Este homem não é de Deus; pois não guarda o sábado” (João 9:16). Jesus violou sete vezes a Lei.

4. Não existe mandamento no Novo Testamento para guardar o sábado.

Porque guardamos o domingo?

1. Porque foi nesse dia que nosso Senhor ressuscitou (Mar. 16:9).

2. Porque foi o dia em que ocorreu fatos memoráveis para os cristãos, como: a aparição de Jesus aos discípulos, a descida do Espirito Santo, a ressurreição de muitos dos seus discípulos, que apareceram na cidade a muitos, o dia em que ele concedeu a grande comissão e o dia da sua ascensão aos céus.

3. Porque se tornou o dia de culto dos cristãos primitivos (At. 20:7).

4. Porque era o dia em que a Ceia era celebrada (At.20:9).

5. Porque relembra o dia de nossa redenção, assim como o sábado relembra o dia da criação

6. Ao guardar o domingo, estamos guardando o 4ª mandamento, pois o texto pode ser lido assim: “Lembra-te do dia do descanso para o santificar.” O importante é que no domingo, que significa o dia do Senhor, a idéia fundamental da palavra hebraica sábado é encontrada.

7. Os cristãos da era apostólica sempre guardavam o domingo, e não o sábado, e o mesmo fizeram aqueles outros que os seguiram.
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