O FATO DE DEUS
A existência de Deus é um fato conseqüente das Escrituras, que não tecem argumentos para afirmá-la ou comprová-la. Por conseguinte, nossa principal base para a crença na realidade de Deus se encontra nas páginas da Bíblia. A Bíblia, portanto não se destina ao ateu, que nega a existência de Deus, nem ao duvidoso declarado, (agnóstico) que nega a possibilidade de saber se ele existe ou não. Também não tem valor para o incrédulo que rejeita a revelação de Deus, por não ser capaz de descobri-lo no universo material. Deus, porém, sendo Espirito, não pertence à categoria da matéria e, portanto, não pode ser descoberto por investigações meramente naturais ou materiais, e nem pelos sentidos do corpo, mas antes, pelas faculdades da alma, vivificadas e iluminadas pelo Espírito Santo ( I Cor. 2:14, Coloss 1:15-17). .
I – A EXISTÊNCIA DE DEUS
Nós cremos que Deus existe por causa dos seguintes fatos:
1- A existência de Deus é tomada por certa pelos escritores da Bíblia:
a-) Eles não tentaram provar que Deus existe -(Gen. 1:1).
b-) Eles afirmaram que todos os homens sabem da existência de Deus – (Roms 1:18-20).
c-) A Bíblia nos ensina que somente os loucos não crêem em Deus – (Slms 14:1).
2- Os homens em todos os lugares crêem em Deus, até os índios da mata tem um “deus”.
3- Os homens têm uma consciência; De onde o homem recebeu a sua consciência, que lhe diz que “pode fazer isso, mas não pode fazer aquilo”?
4- Nós sabemos que todas as coisas tem um criador; Como é que o mundo e todas as coisas do mundo chegaram até aqui, se não há um criador, um Deus? Como é que elas apareceram se não houvessem quem as criassem?
ELE É AUTO-EXISTENTE - (João 5:26; At. 17:24,28; I Tim 6:15,16).
Isto dito, significa que Deus é absolutamente independente de tudo fora de Si mesmo para a continuidade e perpetuidade de Seu Ser. Isso, naturalmente, significa que as causas de Sua existência estão nele mesmo. Nele a vida é inerente, diferentemente da vida das criaturas. Sua vida não vem de fontes externas, Ele tinha “vida em si”, mesmo quando não havia vida em parte alguma fora dele. Nunca nos devemos esquecer de que, em Deus, as criaturas “vivem, movem-se e existem”, desse modo dependemos dEle para viver, movimentar-se e existir, Sua auto-existência porem torna-O absolutamente independente. A razão da existência de Deus encontra-se exclusivamente nEle, e sua auto-existência é atributo inalienável de sua natureza. Deus é auto-sustentado e o tem sido desde toda a eternidade. Sua auto-existência é um atributo essencial. Existir faz parte de sua natureza.
II- SUAS CARACTERÍSTICAS
a-) É ESPÍRITO PURO - (João 4:24 - At 17:28,29).
Deus é espírito em sua natureza, ou seja: em seu ser essencial, ele é espírito, e sendo espirito, é incorpóreo, invisível, sem substância material, sem partes ou paixões físicas e, portanto, é livre de todas as limitações temporais. Os olhos físicos só podem ver objetos pertencentes ao mundo material, mas Deus não pertence a este mundo, portanto não pode ser visto com os olhos físicos. No entanto os registros bíblicos, mostra-nos que Deus se tem manifestado de forma visível, O “anjo do Senhor”, no Velho Testamento, é claramente um manifestação da divindade, e identificado como a Segunda pessoa da trindade, o Senhor Jesus Cristo. “O anjo do Senhor”, era o Deus Filho, antes de sua encarnação definitiva (Jz 13:18, confrontar com Is. 9:6).
b-) É UMA PESSOA - (Ex. 3:14 – João 8:58).
Pode se definir personalidade com a existência dotada de autoconsciência e do poder de autodeterminação. Não se pode confundir personalidade com corporalidade ou existência em corpo material, mas antes corretamente definida, a personalidade abrange os três elementos constitutivos: intelecto, ou poder de pensar, sensibilidade, ou poder de sentir, e volição, ou o poder da vontade, Associados a estes temos a consciência e a liberdade de escolha.
A personalidade de Deus, é estabelecida
Pelos nomes dados a ele, que a revelam:
“Jeová Jiré” - (O Senhor proverá) - (Gens. 22:13-14).
Este nome revela: providencia pessoal.
“Jeová Ropeca” – (O Senhor que sara) - (Ex. 15:26).
Este nome revela: preservação pessoal. ( O termo “ropeca”, significa cerzir como se cirze uma roupa, reparar como se reconstrói um edifício, curar como se restaura a saúde de uma pessoa enferma. Toda cura direta ou indireta vem da parte de Deus, ele é nossa saúde salvadora).
“Jeová Shaloom” – (O Senhor nossa Paz) – (Jz 6:24).
Este nome revela: Deus como aquele que concede paz pessoal.
“Jeová Samá”– ( O Senhor está presente) (Ezeq. 48:35).
Este nome revela: presença pessoal.
Os nomes que lhe são atribuídos, subentendem relações e ações pessoais.
Pelas características e propriedades de personalidade que lhe são atribuídas
Tristeza - (Gens. 6:6).
A tristeza é uma emoção pessoal que é atribuída a Deus, devido á atitude pessoal, as ações dos homens. A tristeza subentende personalidade.
Ira - (I Rs. 11:9).
A ira, é um sentimento pessoal de Deus, ainda que santo, e que Ele sentiu contra Salomão por causa sua deslealdade e infidelidade.
Zelo - (Deut. 6:15).
O zelo ou o ciúmes de Deus, diferentemente do ciúme humano, é santo. Trata-se simplesmente de Seu interesse por seu santo nome, Sua vontade e Seu governo. Não obstante, é um elemento pessoal e revela a personalidade de seu possuidor.
Amor - (Apoc 3:19).
Deus portanto, há de ser pessoal, pois o amor é pessoal. O amor subentende três elementos essenciais da personalidade: intelecto, sensibilidade e vontade.
Ódio – (Prov. 6:16).
Aquilo que é impessoal, é incapaz de odiar qualquer pessoa ou cousa. Somente uma pessoa é capaz de odiar.
c-) TRINDADE E TRIUNIDADE DE DEUS - (I Cor 8:5,6 – Efs 4:6).
Apesar de que a Bíblia ensina a unidade de Deus, a saber, que existe um e apenas um Deus, ensina também que na divindade única há uma distinção tríplice de pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. Isso não significa que as três pessoas divinas sejam três no mesmo sentido em que são uma, ou que sejam uma no mesmo sentido em que são três. A essência divina, única e indivisível, como um todo, existe eternamente como Pai., Filho e Espírito Santo. Deus é um só, mas também é trino. Ele se manifesta em três pessoas com funções e personalidades distintas, porém harmoniosas.
DEUS PAI.
Deus é um só. (Deut. 6:4, Isaías 44:6; 45:22; João 17:3; I Cor. 8:4-6; I Timot. 1:17; 2:5; Efs. 4:6). O Pai, é a primeira pessoa da divina trindade. Quando dizemos que Deus é um, queremos dizer com isso que existe “um só Deus Pai de todos.
DEUS FILHO
Jesus é o unigênito filho de Deus (João 1:28, João 3:16). Ele é um com o Pai (João 10:30,38; João 17:21; I João 5:7). Ele é chamado Deus (João 1:1; João 20:28; Filip. 2:5-11; Roms 9:5, Coloss. 2:9). Cristo é a manifestação visível do Deus invisível (Hbs 1:1-3; João 1:14).
DEUS ESPÍRITO SANTO
O Espírito Santo é um com o Pai e o Filho (I João 5:7, Atos 5:3,4; João 14:26; Mats. 2819; II Cor. 13:13).
III - A NATUREZA DE DEUS
A natureza de Deus melhor se revela pelos seus atributos. Precisamos ter cuidado de não imagina-los como sendo abstratos, mas como meios vitais que revelam a natureza de Deus. O termo “atributo”, em sua aplicação às pessoas e às cousas, significa algo pertencente a elas. Pode ser definido como qualidade ou característica essencial, permanente, distintiva e que pode ser afirmada, como por exemplo a cor ou o perfume de uma rosa. Os atributos de uma cousa lhe são tão essenciais que, sem eles, ela não poderia ser o que é; e isso é igualmente verdade dos atributos de uma pessoa. Se um homem se visse privado dos atributos que lhe pertencem, deixaria de ser homem, pois tais atributos lhe são inerentes, na sua qualidade de ser humano. Se transferirmos essas idéias a Deus, descobriremos que seus atributos lhe pertencem inalienavelmente, e, portanto, o que ele é agora, há de ser para sempre. Os atributos de Deus, portanto, são aquelas características essenciais, permanentes e distintivas que podem ser afirmados a respeito do seu Ser. Seus atributos são Suas perfeições, inseparáveis de Sua natureza e que condicionam Seu caráter
OS ATRIBUTOS NATURAIS
a-) ONIPRESENÇA - (Slms 139: 7, 10 - Atos 17:24,28 – Mats. 18:20 - Jer.. 23:23,24).
Este atributo está intimamente ligado a onipotência e onisciência de Deus, pois ele está presente em todos os lugares, ele age em todos os lugares, e possui pleno conhecimento de tudo quanto ocorre em todos os lugares. Ele não tem necessidade de ir de um lugar para outro, não há lugar distante para ele, ele é qual um centro de um circulo, tem a mesma relação para com todos os lugares. Devido a sua relação com tudo, ele acha-se em condições de agir instantaneamente em qualquer parte, comunicar-se imediatamente com todo o universo, por seu poder de ação, não há consideração de tempo, nem de espaço, como não há, igualmente, para o seu poder de pensar e querer. A sua presença, é uma presença frutífera, produtora e econômica, qualquer criatura, esteja onde estiver pode gozar de sua presença.
b-) ONISCIÊNCIA - (Roms 11:33 – Jo: 11:7,8 - Is. 40:28 - Slms 147:5).
O atributo de onisciência, denota a infinita inteligência de Deus. O seu conhecimento abrange todas as coisas, é universal, sua compreensão é infinita e a sua inteligência é perfeita, inclui tudo que pode ser conhecido, ele conhece toda a eternidade passada e aquilo que será durante a eternidade futura.
c-) ONIPOTENCIA – (Mats. 19:26 – Jó 42:2 – Gens 17:1).
Ele pode fazer todas as cousas, para ele nada difícil, tudo é possível:
No domínio da natureza – (Gens 1:1-3 - Salms 107:25).
Toda a natureza esta lhe sujeita, a sua direção e controle.
No domínio das experiências humanas
Na vida de José ( Gns 39:2,3,21).
Na vida de Nabucodozor – (Dan 4:19-21).
Na vida de Daniel - (Daniel 1:9).
Na vida dos homens em geral – (Slms 75:6-7).
Nos domínios celestiais - (Dan. 4:35).
Os santos anjos estão sob o domínio de Deus, e sujeitos a sua vontade.
Nos domínios dos espíritos malignos – (Jó:1:12; Tg 4:7; Apoc. 20:2; Lcs 22:31-32).
Os poderes malignos, Satanás, os demônios e os anjos caídos, estão todos sujeitos a vontade e a palavra de Deus.
d-) ETERNIDADE (Is. 55:13-17; Slms 93:2; Hbs 1:12; 13:8).
O atributo de auto-existência sugere o de eternidade. Se as causas da existência de Deus se encontra nele próprio, a razão admitirá que essas causas tem estado a operar desde a eternidade. Por ser eterno, então deve ser também auto-existente. Para ele não existe passado, presente ou futuro, pelo menos no que concerne a seu conhecimento; Ele vive num eterno agora, ele não teve principio nem tem fim, ele conhece os acontecimentos na sua sucessão dentro do tempo, mas não está limitado de nenhum modo por ele, ele sempre foi, e sempre será.
OS ATRIBUTOS MORAIS
SANTIDADE – (I Pd 1:16; Apoc 4:8; Hbs 12:14; Is. 6:3).
A santidade de Deus, é seu atributo mais exaltado, pois expressa a majestade de sua natureza e caráter moral, se é que existe qualquer diferença em grau de importância, entre seus atributos, este parece ocupar o primeiro lugar. Nas visões que Deus concede aos homens no tempo do Antigo Testamento, o que mais salientou foi o de sua santidade. Por cerca de trinta vezes o Profeta Isaías se refere a Jeová, chamando-o “ o Santo ”, desse modo indicando as características daquelas visões, que mais o impressionaram (Isaías 6:1 a 5). Este é o atributo pelo qual é glorificado por excelência. Conceitos superficiais de Deus e de sus santidade produzem conceitos superficiais do pecado e de sua expiação (Roms 2:14-16).
Deus é inteiramente separado de tudo quanto é mal, e de tudo que corrompe, tanto em si mesmo, como em relação a suas criaturas (Lev. 11:43-45). A santidade é uma característica de seu ser (Jó 34:10). A sua santidade se entende a absoluta perfeição da pureza e integridade de sua natureza e caráter (I Jo. 1:5, Slms 99:9, Jo. 17:11).
A manifestação de sua santidade verifica-se:
a) No ódio contra o pecado (Gen. 6:5-6; Prov 6:16-19).
b) No seu deleite naquele que é santo e reto (Prov. 15:19).
c) Na separação entre si e o pecador (Is. 59:1-2).
d) Ao providenciar a libertação do homem, do pecado (I Ped. 2:24).
A percepção da sua santidade gera a reverencia e o temor no coração daqueles que chegam a sua presença, a não ser que estejam empedernidos pelo pecado.
RETIDÃO E JUSTIÇA - (Slms 145:17).
Justiça e retidão são simplesmente a santidade exercida para com as criaturas. A mesma santidade que nele existe desde a eternidade, agora se manifesta em retidão e justiça. Todos os requisitos exigidos por Deus aos homens, são absolutamente retos em seu caráter - (Slms 116:5). A justiça é a execução de sua retidão, que pode ser chamada de santidade judicial. Justiça é a execução de sua retidão, que pode ser chamada de santidade judicial. Todos os seus tratos com o homem se baseiam na justiça absolutas (Deut. 32: 4).
Bondade e severidade são elementos de um caráter perfeito, mesmo entre os homens, sem bondade, o caráter se torna duro e inflexível, repele em lugar de conquistar. Por outro lado, sem severidade a bondade degenera em fraqueza, naquela flexibilidade moral que em pessoas conhecidas por “boazinhas” freqüentemente leva os homens a ceder com facilidade perante as seduções dos pecadores.
A manifestação de sua retidão e justiça
a) Na punição dos perversos e injustos – (Apoc 12:5-6; Gen. 6:5-6).
b) No seu amor a retidão, e seu ódio contra o pecado – (Slms 11:4-7).
c) No seu perdão para com o crente arrependido – (I João 1:9).
d) Na recompensa dos justos – (Hbs 6:10).
AMOR E GRAÇA (I João 3:16-17; 4:16; João 3:16-17).
O amor, é aquele atributo pelo qual ele se inclina a buscar os melhores interesses de suas criaturas, e a comunicar-se a elas, a despeito do sacrifício nisto esta envolvido.
Nós cremos que Deus têm amor
1- Porque a Bíblia ensina – (I Jo. 4:8-16).
2- Porque ele ama seu Filho – (Mats 3:17).
3- Porque ele ama os crentes – (João 16:27; 17:23).
4- Porque ele ama os pecadores – (João 3:16).
5- Porque ele nos perdoa – (Is. 38:17 – Efs 2:4-5).
6- Porque ele tem cuidado de nós – (Fil 2:19 – Mats 21:22).
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